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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Diabetes e Câncer


Povo da Diabetes, cuidado com o Câncer!!!
Evidências crescentes indicam uma grande relação existente entre diabetes e câncer. O risco de um indivíduo portador de diabetes tipo 2 adquirir um câncer de cólon, pâncreas, endométrio, mama e fígado é muito aumentado. Estudos laboratoriais têm tentado explicar e justificar os motivos de diabéticos terem uma predisposição muito maior a desenvolver certos tipos de câncer. Os dois mecanismos biológicos mais utilizados para explicar tal relação têm principais possíveis causas:
  • A ativação do receptor de insulina pelo seu respectivo ligante
  • A ativação cruzada do IGF-1 (insuline-like growth factor 1)

Tais eventos têm sido vistos na literatura como indutores de mitose em células e tecidos e possuem  potencial tumorigênico, e o seu funcionamento bioquímico é descrito da seguinte maneira:



A insulina, hormônio polipeptídico secretado pelas células beta do pâncreas em resposta à elevação dos níveis de glicose, liga-se a um receptor comumente expresso em vários tipos celulares: o receptor de insulina (IR - insulin receptor). O IR é um receptor constituído de resíduos de tirosina que, ao ocorrer a ligação insulina-receptor, sofrem auto-fosforilação, o que ativa a enzima tirosina kinase. Uma vez ativada, o IR pode então fosforilar uma série de proteínas intracelulares:
  1. O IR fosforila proteínas pertencentes ao IRS ( insulin receptor substrate em inglês) e a proteína Shc.
  2. A ligação IR-IRS ativa a enzima PI3K (phatidylinositol 3-kinase), que ativa a via da Akt.
  3. A ligação IR-Shc ativa a cascata da ERK (extracellular signal-regulated kinase), que faz parte de uma via de uma proteína kinase ativadora de mitose (MAPK).

A via da Akt e MAPK promovem cojuntamente uma forte influência para se iniciar o processo de tumorigênese, lembrando que a via da IGF-1 (também ativada por ligação à insulina) também leva a ativação dessas vias potencialmente tumorigênicas.
O resultado de tais cascatas de reações bioquímicas levam aos seguintes eventos celulares:
  • Aumento de proliferação celular
  • Aumento do potencial invasivo do tecido
  • Angiogênese (processo de formação de novos vasos sanguíneos para as necessidades nutricionais das células tumorais)
  • Redução da apoptose (morte celular programada, que levaria a célula tumoral à morte)




Há outras alterações fisiológicas que contribuem para o funcionamento das vias supracitadas, no caso do câncer de mama, por exemplo, o aumento de produção de hormônios sexuais pode facilitar o processo de tumorigênese. A ação da insulina com sinergia à ação do estradiol (hormônio sexual) irão promover a progressão do ciclo celular.

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